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sexta-feira, 11 de março de 2011

Fazer propaganda é uma ciência?

O caráter artístico e cultural que envolve os procedimentos de criação publicitária faz com que a publicidade se afaste das áreas mais tradicionais do conhecimento científico. No entanto, fazer publicidade criativa é certamente uma forma de ciência, uma vez que envolve metodologia de investigação, estudos e aprofundamento teóricos relevantes no campo da Comunicação e conhecimentos específicos de design e sintaxe visual.

Na pior das hipóteses o profissional de publicidade tem que ser fluente nos estudos da persuasão, que necessariamente são associados ao entendimento do papel das atitudes do consumidor, pois são de tópicos inter-relacionados.

Anúncio impresso: o caráter simbólico emocional da linguagem que é utilizada na peça publicitária afeta diretamente nossas percepções que nos move uma ação, ou atitude de consumo. Para o marketing, a publicidade é vital!


As atitudes podem ser compreendidas como opiniões ou predisposições do consumidor que geram “cons­truções hipotéticas” e como tal não podem ser vistas, ouvidas ou tocadas (SHIMP, 1997). A propaganda impressa, por sua vez trabalha com a representação visual das atitudes do consumidor que são compostas por três componentes ou estágios mentais: cognitivo, afetivo e conativo. O com­ponente cognitivo ocorre quando o indivíduo adquire a consciência do produto e, em seguida, obtém informa­ções e forma as suas opiniões acerca de como aquele produto pode satisfazer às suas necessidades de consu­mo. No componente afetivo, as crenças são integradas e são desenvolvidos os sentimentos e avaliações sobre o produto. Com base nesses sentimentos e avaliações, gera-se a intenção ou não da compra, caracterizando-se o terceiro estágio denominado conativo. Esse componente representa a tendência consciente para uma ação. Em termos de comportamento do consumidor, o componente conativo representa a intenção do consumidor de comprar um produto específico (SHIMP, 1997).

Portanto, o fazer propaganda quando encarado de forma profissional é evidentemente um gênero específico de se fazer ciência social.

Referencia:

SHIMP, T. A. Advertising, promotion, and suplemental: aspects of integrated marketing communications. 4. ed. [S.l.]: The Dryden Press, Harcourt Brace College Publishers, 1997. Chap. 6, p. 144-167.

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