- A Internet ainda não é ambiente apropriado para venda de produtos de luxo, tudo é muito efêmero e passageiro e as marcas de luxo correm grandes riscos ao migrarem para esse ambiente sem um departamento de retaguarda que entenda profundamente do assunto.
- A Internet é um espaço de exposição privilegiado de produtos, mas deve ser trabalhada com prudência. Com isso, a web junto ao marketing de luxo devem convergir em produção de entretenimento cultural, que é bem diferente de entretenimento de consumo.
A Jonnie Walker já deu boas pistas de como usar a WEB sem perder valor de marca. Alguns anos atrás promoveram a construção de um conteúdo digital para promover a marca na Internet, possibilitando o acesso de seus consumidores ao camarote da Johnnie Walker, no GP do Brasil de F1, e um curso de direção defensiva, além da viagem para conhecer o centro de testes da McLaren.
Além disso, vale destacar se um executivo de marketing que e atua no segmento de luxo tem pretensões sérias de investir na WWW, antes de tudo, ele deve verificar se a sua empresa/cliente possui equidade de competência em 04 forças do Marketing Digital
1) Experimentação: O Marketing de Luxo não deve propor uma simulação de experimentação de produto tentando reproduzir o ambiente físico, mais do que isso, a Internet deve surpreender o consumidor com algo inusitado, lúdico e atraente. A conseqüência da experimentação de um produto pode ser positiva ou negativa. Se for positiva esta experimentação resultará num valor agregado de produto que transfere valor simbólico ao comprador.
2) Sistema de retaguarda: O sistema de retaguarda é uma equipe especializada no luxo de informação, que se especializa também em internet. Por sua vez deve atuar dentro da empresa fisicamente. Esse serviço não pode e não deve ser terceirizados por empresas de web, deve ser parte da cultura da própria empresa. O sistema de retaguarda executa serviços pela internet, bem como serviços a campo, como: visita técnica, entrega de produtos, orientação de segurança, manutenção e outros. Além disso, gerenciam as informações recebidas nas lojas “físicas” e enriquecem essas informações atualizando conteúdos especiais e exclusivos para o consumidor da internet. Estão prontos para realizar atendimento a domicílio e ao mesmo tempo monitorar os roteiros de seu consumidores na web.
3) Tecnologia de Ponta na WEB: A tecnologia digital é infinita e flexível, nesse contexto o Marketing de Luxo não pode comportar um modelo de comunicação tradicional e homogeneizado. Mas do que isso, um web site é insuficiente para o consumidor que procura uma experiência de compra única. Para isso, cada projeto deve contemplar um formato autêntico e promover uma solução completa para destacar a marca e não o produto. Na na internet sabemos que não é suficiente possuir um site atraente, ele tem que ser mais do que isso, deve contemplar um ambiente inovador e de alto requinte tecnológico, em conjunto com uma hospedagem de qualidade, com altos níveis de performance e acessibilidade.
4) Entretenimento de Cultura: O luxo ganhou uma face emocional, intelectual e de experiência. Ao que tudo indica essa é uma transição do luxo ostentatório para o intimista. Logo, o luxo passa a ser mais sensorial, de prazer e de absorção de conhecimento e informação, agora mais centrada nas questões da intelectualidade, da ética e do cuidado com o meio ambiente. A internet deve ser um espaço exclusivo para promover a entrega desse valores.
A Oakley vem apostando num modelo transmidiático que hibridiza a publicidade tradicioanl, com merchandising e o cinema. O ator Denzel Washington é um exemplo mais atual que usa óculos de sol Oakley Inmate, no filme “The Book of Eli (O Livro de Eli)”, onde ele é um herói solitário em um mundo apocalíptico, protegendo um livro sagrado. Internete + Cinema + Publicidade geram entretenimento e cultura (mitologia) para o público.
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