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terça-feira, 19 de outubro de 2010

Marketing de Luxo e Capital Simbólico


A cultura de consumo após descobrir que o mercado de luxo é um segmento a ser explorado, especialmente pelas oportunidades pouco vislumbradas no Brasil trouxe um equívoco conceitual que está na crença de que o luxo é algo ostensivo, ancorado, sobretudo, no uso exagerado de materiais preciosos e no acesso a mercadorias de marcas famosas, estandartizadas por celibridades da TV e Cinema.

No entanto, a sofisticação do luxo em termos de referência cultural ou de fruição do estilo, encontra no design e na carisma de personalidades lúdicas o seu operador fundamental. Nesse sentido, Bourdieu (2006) argumenta que essa mudança de valores pode ser entendida a partir da percepção da existência de um “capital cultural objetivado”, agregado à materialidade dos produtos de luxo.

Giselle Bundchen é tão recorrida ao cenário do luxo, porque leva um pouco disso.


Portanto, o luxo contemporâneo é destinado àqueles que dispõem de capital cultural suficiente para perceber diferenças infinitesimais, pois, segundo Soares (2006), “o luxo é uma diferença que diferencia”. Esta dinâmica do mercado exige cuidados para que o novo não seja confundido com o antigo, o sofisticado com o pobre e para que o artesanal não pareça imperfeição, envolvendo, portanto, um sofisticado universo de re-apropriações, deslocamentos, releituras e referências, fortemente ancoradas a contextos sócio-históricos específicos.

Esse é o conceito da semana, vamos refletir!!!

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